O atletismo marcha juntamente com a história esportiva do homem. Também é chamado de esporte-base, pois suas modalidades correspondem a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar e lançar. A primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, datada no ano de 776 a.C., nos Jogos da cidade de Olímpia, na Grécia, e que deram origem às Olimpíadas.
Na moderna definição, o atletismo é um esporte com provas de pista (corridas), de campo (saltos e lançamentos), atividades combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em campo (cross country), corridas em montanha, e marcha atlética.
A especialista Juliana Hermsdorff, da Squitter, explica que, em termos de condições meteorológicas, uma das grandes vilãs dessa modalidade é a chuva forte com raios. Ela pode paralisar disputas devido à restrição de visibilidade, más condições de pista ou para a própria segurança do evento.
“A paralisação das disputas muda a preparação dos competidores, que podem ficar muito tempo na pista esperando a largada, e perdem o aquecimento, assim como ficam mais tempo sem se alimentar. Para aquecer bem e voltar à prova, é necessário estar preparado. Para os atletas paraolímpicos, as pistas molhadas interferem na aderência da roda de suas cadeiras, como também na arrancada, pois o competidor não consegue ter tração”, comenta Juliana.
O lançamento de dardo e disco também sofre influência da direção e velocidade do vento. Sua trajetória pode ser mudada por conta de uma rajada de vento e o atleta precisa estar ciente desta possibilidade. Nos saltos em distância, há influência do vento na horizontal e na vertical, favorecendo ou reduzindo a velocidade do atleta.
Assim, instrumentos são instalados na pista, como anemômetros e pluviômetros, que medem direção e velocidade do vento, e chuva, respectivamente. Com estes equipamentos, também fornecidos pela Squitter, é possível monitorar em tempo real essas variáveis. E o mais importante é a presença de meteorologistas nas equipes de esporte e nos eventos, para dar suporte, realizar a interpretação de dados e fornecer a previsão meteorológica com mais antecedência possível.
Mas, o Brasil vem se mostrando adaptado às variações meteorológicas neste esporte. Exemplo disso foi nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015. A estreia do atletismo foi marcada pela forte chuva que interrompeu a competição por uma hora. Mas, mesmo com o mau tempo, os brasileiros conseguiram se sobressair e levaram seis ouros, cinco pratas e quatro bronzes, à frente no quadro de medalhas da modalidade.
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